Montevidéu. A uruguaia. Romance.

Em Montevidéu, como nos sonhos, tudo era conhecido, mas ainda assim estrangeiro. Foi, mas não foi.

O romance de Pedro Mairal, A uruguaia, é sobre o autor e pai da família Lucas Pereyra, que leva o barco de Buenos Aires a Montevidéu para buscar seu salário estrangeiro em dólares. Ele criou uma conta uruguaia para contornar as restrições de moeda da Argentina. A viagem pelo Rio da Prata leva apenas algumas horas e o controle entre os dois países é geralmente superficial.

O TEXTO FOI TRADUZIDO DO NORUEGUÊS PELO GOOGLE TRADUTOR

Bastante semelhante, mas diferente. É assim que os argentinos a experimentam quando viajam de fim de semana ao Uruguai. Assim como noruegueses na Suécia, é isso. É essa sensação de estar na vida real ao visitar o país vizinho, ainda de pé ao lado dele, que fascina o escritor Pedro Mairal. O espanto de descobrir que algo ainda é diferente quando parece idêntico na superfície.

Da mesma forma, o protagonista do romance pode ser semelhante ao próprio autor. Ambos são escritores argentinos com algum sucesso no exterior. E, como seu protagonista, Pedro Mairal também tem uma conta em um banco uruguaio. Os dois podem parecer idênticos, mas não são. Mas tanto que Pedro Mairal achou necessário reunir toda a família em Buenos Aires para um grande almoço, onde contou sobre o livro e que «A uruguaia» não era autobiográfica. Sua esposa provavelmente gostou.

Durante a viagem de um dia a Montevidéu, ele – Lucas Pereyra – decide visitar Magalí, a uruguaia, que ele conheceu em um festival de literatura. Eles tiveram um caso.

mairal ost
Mitt første bekjentskap med Pedro Mairal skjedde en iskald kveld I Uruguay i 2017, Da med en god rødvin og en fantastisk lokal ost. Boken i midten er den som nettopp er ugitt av Cappelen Damm.

A maior parte do livro é um tipo de road movie e acontece como um monólogo interno no barco, no ônibus e a pé nas ruas de Montevidéu. O protagonista conversa com sua esposa e explica o que ele acha problemático no casamento, ao mesmo tempo em que os pensamentos fluem constantemente para Magalí e o que eles tiveram juntos sexualmente.

Pereyra está planejando escrever um romance sobre o Brasil, este país vizinho esmagador do norte, que é grande demais para toda a vida. Terá que ser um épico de mais de mil páginas. Talvez ele devesse escrever sobre algo menor? Se contentar com a vidinha na realidade paralela chamada Uruguai?

Eu estava apaixonado por uma mulher e caiu no amor com a cidade em que vivia. E tudo o poema I-se, ou quase tudo. Uma cidade imaginária em um país vizinho. Nele, mais do que nas ruas reais, eu andava por aí.

montevideo 5

A SEGUIR:

Li o livro de Pedro Mairal pela primeira vez há dois anos em uma Montevidéu gelada. Até fui no Uruguai antes. É um país onde a pessoa se sente imediatamente em casa. Como argentino, como brasileiro e também como noruguês.Em casa, mas no mesmo tempo num lugar desconhecido.

No meu próximo artigo sobre Montevidéu, apresentarei o Palacio Salvo, a interminável Avenida 18 de julho, as livrarias e seus livros, os melhores ovos benedict da cidade, bem como a Casa Sarandi, o lugar para ficar em Montevidéu.